domingo, 4 de agosto de 2024

20-01-2024 - O meu Ano Novo. O meu ano de 2024 começou neste dia☆

 

O MEU ANO NOVO COMEÇOU NO DIA 20 DE JANEIRO DE 2024.


Depois da porrada (dura e necessária) que levei em 2023, tinha recebido um convite para fazer uma integração terapêutica este fim-de-semana, dia 20/01/2024, no entanto, ainda tinha uma pedrinha no sapato, uma pendência, uma coisa que estava completamente fora das minhas mãos - e por isso estava hesitante em aceitar o convite, sentia necessidade de fechar aquele tema de vez.

Manifestação?!

No entanto, eu já tinha decidido internamente: eu já SOU a pessoa que já não tem este problema. Houve um momento específico em que eu tomei esta decisão energética de já não ser a pessoa que tinha aquele problema, no dia 23 de dezembro; mas a verdade é que ainda havia a possibilidade do problema voltar para me assombrar, e eu nada podia fazer quanto a isso. A única coisa que podia fazer -e que fiz - era entregar, confiar, e ir. O problema voltou efetivamente, na segunda semana de janeiro, e mais uma vez eu pensei para comigo mesma: ok, vou enviar o que me estão a pedir e novamente confiar, não pressionar, simplesmente não fazer nada e continuar a ser a pessoa que já não tem este problema, que já não tem este bloqueio. Estava completamente fora das minhas mãos, o que iria acontecer, mas estava nas minhas mãos, a decisão de como me sentir sobre isso e de como agir (ou não agir mais, neste caso, não forçando nada) e fiz o que estava alinhado comigo: SER a pessoa que já não tinha aquele bloqueio.

No dia 19/01/2024 recebo um email que confirma a conclusão deste processo. Pela primeira vez na minha vida, eu acreditei que tinha manifestado algo. Eu já me tinha considerado SER a pessoa que não tinha esse problema e naquele momento eu recebi uma mensagem clara, muito clara, de que as coisas se tinham alinhado, porque eu me tinha alinhado, porque eu tinha tomado uma decisão energética. Inclusivamente, ao receber o e-mail, fiquei contente, mas não mais aliviada do que já me sentia antes. E aí percebi, que o facto de eu ter assumido aquela decisão energética me fazia também, para alem de ser, SENTIR-ME a pessoa que já não tinha aquele problema. Então, emocionalmente, eu já estava lá.

Eu sempre fui muito desconfiada de coisas mais "extremas" como "manifestação", "alinhamento dos astros ou do universo", mas eu SENTI, eu senti, que alguma coisa estava ali a atuar. E eu sou zero de religiosa ou de acreditar em qualquer tipo de deus como uma entidade externa e castradora, mas de facto, já tinha por diversas alturas da minha vida, sentido que existe algo como que a guiar-meAté cheguei a escrever sobre "a sorte que tenho". Não sei o que é esse algo, mas não sinto que preciso de saber. Existe magia no mistério e no desconhecido.

Durante o resto desse dia, assim como entre os dias 19 e 20 de janeiro, várias coisas aconteceram que me fizeram realmente perceber que havia algo mais, inexplicável para além dos conceitos de sorte ou coincidência.

Intenções

As minhas intenções para o que iria acontecer no dia 20 de janeiro passavam por:

- fazer um closure emocional e energético de todos os processos difíceis pelos quais passei em 2023 (o material tinha ficado feito, e a derradeira conclusão do plano físico chegou no dia imediatamente antes)

- sedimentar o meu caminho de evolução pessoal, mais particularmente trabalhar nos meus padrões de auto-dúvida, se possível eliminá-los, naquela de aprender a confiar mais em mim, sem duvidar de mim;

- perceber de forma mais profunda, expandida e "líquida" (aceder a um estado de liquidez) o porquê de eu ter aquele padrão de procurar problemas, aprofundar e entender essa minha necessidade, e se possível, eliminá-la. De um modo geral, identificar e trazer à luz algumas crenças negativas com o intuito de as eliminar. (hoje rio-me sobre isto, e mais à frente explico porquê).

No dia 20/01/2024, alinhei nesta sessão terapêutica de closure, com duas pessoas de grande confiança. Era eu sentada num cadeirão durante horas, a absorver um sol incrível, em que às tantas eu tornei-me nesse sol - eu e o sol éramos um só; era eu a dançar e a sentir como sou a super-heroína da minha vida. Era eu a sentir um empoderamento pessoal, uma autoridade pessoal, como raras vezes senti. Era eu a falar e a falar e a falar, a ouvir a ouvir a ouvir, e a abraçar, abraçar, abraçar, a enviar amor para todo o mundo, a falar comigo própria, a criticar-me pelo meu overthinking, pela minha mente que nunca se cala, para logo de seguida entender que isso só é "mau" porque eu acredito que é "mau". Foram horas de uma familiar e blissful liquidez. Foi como desordenar todo o puzzle que constitui a minha "identidade" para poder reorganizar as peças. Ou como moldar plasticina.

Era eu, por fim, numa melancolia, numa tristeza, a sentir todas as camadas das quais fiquei despida por umas horas, a voltarem, e era eu a acolher essa tristeza, e a perceber que aquele tom de tristeza tocava na felicidade, como duas faces de uma mesma moeda, e que a melancolia deve ser, também ela, sentida, acolhida, pois também ela é tão enriquededora. Uma melancolia que senti como tão quentinha, tão deliciosa, também ela tão acolhedora, também ela a dizer-me algo como "não faz mal nenhum sentires-te triste. Sente-te triste, apenas. Não me dês um nome ou uma interpretação".

Sabedoria Corporal - The Body Kind of Knowledge

Quando eu digo sentir, digo que há algumas experiências que eu já tive e que quero continuar a ter, em que há uma camada enorme de sabedoria que é corporal, que ultrapassa os limites do racional, do cognitivo, do verbal. É como se eu soubesse, já, com o corpo, sem ter sequer de recorrer a palavras para justificar seja o que for. É completamente intransponível em palavras. É como se eu sempre soubesse; essa sabedoria sempre esteve lá, mas é sempre tão difícil de aceder por todas as camadas de medos, preconceitos, pensamentos, "personalidade", identificações, egos, que levamos em cima no nosso dia a dia.

Exoterismo & o Mistério do Desconhecido

Mais à frente, senti algo dentro de mim a dizer "faz a soma dos números do dia de hoje". A soma dava 11. 11 é meu número de vida. Tinha-me dito também uma amiga que neste dia, iniciaria um novo trânsito astrológico que só acontece a cada 250 anos (e, claro, logo as minhas vozes internas e críticas a achar que era tudo treta, mas outra parte de mim a dar por si curiosa e fascinada com estes factos).

Eu era bastante preconceituosa com tudo o que era exoterismo. Se, por um lado, me fascinava, porque existe algo em mim que tem muita curiosidade pelo desconhecido ou inexplicável pela ciência, o que predominava em mim ainda era a parte que dizia "please, none of that is real". Whoo-oo! Universo, astrologia, numerelogia, intuição, mensagens do universo. Eu adoro ciência, adoro explicações racionais e lógicas, adoro entender, perceber, compreender, ler e digerir informação de uma forma científica que me faça sentido e que alimente o meu racional. Eu era bastante descrente em tudo isto mas neste dia, uma chave rodou dentro de mim. Eu percebi, de uma forma corporal, que a magia e o mistério que existem no desconhecido, naquilo que eu NÃO SEI, é uma das coisas que mais me faz sentir significado e sentido na vida.  E também que, neste campo, não tem de ser tudo ou nada. Continuo a gostar do racional, continua a alimentar-me imenso o saber a explicação científica de algo, mas também me dá gozo o simplesmente estar na fronteira do desconhecido.

Como as minhas intenções me levaram para o lado oposto do que eu pretendia - e como era isso que eu precisava

O maior breakthrough que tive, foi a questão da auto-dúvida. Eu entendi que até então estava a colocar um esforço desmedido para me LIVRAR dela. Tinha inclusivamente posto isso como intenção, "eu sem auto-dúvida", não me apercebendo da guerra que estava a travar. E entendi que o meu caminho não é livrar-me dela, mas sim integrá-laO padrão da dúvida faz parte de mim, provavelmente irá sempre acompanhar-me, mas o deixá-la assombrar-me é uma escolha minha, do meu ser superior, da tal sabedoria interna que está sempre lá atrás das camadas todas. 

A dúvida é para integrar, não para exterminar, evitar, fugir dela ou colocá-la debaixo de um tapete constantemente, fingir que ela não está lá. Ela está cá. Ela está cá CONSTANTEMENTE. O meu caminho e o meu processo passam muito por aprender a viver com ela. Não a ver como uma doença a ser curada a todo o custo. Não estar sempre nesta guerra interna de ter um "objetivo final" como se se tratasse de uma maratona em que haveria de acordar um dia e dizer "não me sobra uma réstia de dúvida". Deixa-a lá estar. E uma vez que a deixo estar, que a deixo existir, que a integro, como apenas mais uma parte de entre todas as que me constituem, então eu vejo, como tudo flui de forma perfeita, de forma quase divina, da forma como tem de fluir. 

A minha intenção inicial era livrar-me da auto-dúvida, este grande tema na minha vida, porque ela se enraízou em mim de forma celular devido à minha infância, mas negá-la, seria negar todo o passado que me trouxe ao dia de hoje. Então, eu não vou negá-la mais. Vou acolhê-la. E só por entender isto, a minha sensação de atrito interno reduziu substancialmente. Um alívio!

Um outro grande breakthrough que tive foi o finalmente trazer do inconsciente ao consciente, o quanto eu acreditava verdadeiramente que sou "defeituosa de origem". A frase que me vinha constantemente era "I believe I am fundamentally faulted". E como essa crença acabava por me guiar e me dar sempre uma inquietação de nunca poder estar sossegada sem ter nada para resolver. Não me permitia estar em paz, por não merecer essa paz, por ser tão defeituosa. Não merecia paz nem amor incondicional, porque sempre tive de provar, a quem me deveria amar incondicionalmente, de que tinha de o merecer, tinha de provar e de fazer sempre mais e mais, e ser sempre mais e melhor, para receber esse amor. Mas isso já não é verdade hoje. Isso foi, infelizmente, verdade durante muito tempo, mas já não é. E eu precisava fazer essa distinção.

O tal "arranjar sarna para me coçar" que escrevi na última vez. Era isso que motivava. Nunca ia acabar. Era inglório e injusto para comigo mesma. E o facto de trazer essa crença à luz permite-me agora trabalhar nela - lá está, não enterrá-la, não fugir dela, não querer exterminá-la, mas sim integrá-la, aceitá-la como parte do meu ser, trabalhar com ela, ao lado dela, não contra ela. Então, se não preciso de estar sempre inquieta a achar que toda eu sou um trauma e um problema para resolver, posso finalmente descansar na minha simples existência presente.

I AM FUNDAMENTALLY OK.

Esta ideia de que eu não sou má, afinal, eu não sou um problema. O meu íntimo mais íntimo é mesmo, na realidade, Amor.

O que aconteceu no dia 20/01/2024 não foi apenas mais uma expansão do meu ser, da minha consciência, da minha existência. Foi, verdadeiramente, o início de uma nova ERA na minha vida.

Foi integração, foi acolhimento, foi amor, foi superar-me um bocadinho mais, foi amor, tanto amor, tanto amor próprio, tanto amor até por quem me deu tudo menos amor. E, de repente, leio o meu último post e penso: aquilo não sou eu, aquilo são as minhas ilusões e as minhas auto-críticas. Aquilo é a minha crença, bem profunda, de que eu sou defeituosa, de que eu sou má por defeito, de que eu sou um problema, a manifestar-se, a operacionalizar-se no mundo 3D. 

 

MANDA AMOR. MANDA AMOR. MANDA AMOR.

 

Será o objetivo livrar-me disto? Não. Deixa-as estar lá. Manda amor para elas. Manda amor à dúvida. Manda amor à crítica, à culpa, à vergonha, à crença de que sou defeituosa, não merecedora, bla bla bla. Manda amor. Manda amor. Manda amor. A minha intenção era tornar-me mais perfeita (era isso que estava subjacente, agora que leio), e no fim fiquei a perceber (corporalmente) que posso ser melhor para mim mesma se não me forçar a ser melhor e mais perfeita.

 

 


E isto, sim, é saúde mental.
No dia 20/01/2024 tive o equivalente a 5 anos de psicoterapia e queria que isto ficasse registado para a posterioridade!

Sem comentários:

Enviar um comentário